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Punta Cana: o que saber antes de viajar

Punta Cana é um destino de praia incrível para quem gosta de curtir praias paradisíacas com mar azul claro e turquesa, coqueiros e areia branquinha. O turismo está baseado, principalmente, nos resorts all-inclusive e no turismo sol e praia. Além de ser um destino muito procurado por casais em lua de mel.

O que saber antes de ir para Punta Cana

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Onde fica Punta Cana

Punta Cana fica na República Dominicana, que é uma ilha localizada no Mar do Caribe, mais especificamente na América Central. Punta Cana fica no extremo leste da República Dominicana e é banhada pelo Mar do Caribe e pelo Oceano Atlântico.

Embora Punta Cana seja a cidade do país mais conhecida por turistas, a capital é São Domingo, que fica a quase 200km de distância e possui aproximadamente 3 milhões de habitantes. Na República Dominicana a população é de aproximadamente 10 milhões de habitantes.

A ilha onde está situada a República Dominicana é a mesma onde está o Haiti. Ao redor estão as ilhas onde ficam os seguintes países: Porto Rico, Jamaica, Turks e Caicos e muitas outras.

Como ir para Punta Cana

A voo direto entre o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo e o Aeroporto Internacional de Punta Cana é operado pela GOL e tem duração aproximada de 7h.

Outra opção de voo, que foi o que nós fizemos nessa viagem, é através da Cidade do Panamá, pela COPA Airlines. De São Paulo até a Cidade do Panamá são aproximadamente 6h50 e da Cidade do Panamá até Punta Cana são mais 2h40.

Quando ir para Punta Cana

A alta temporada em Punta Cana ocorre entre os meses de dezembro a abril. Durante essa época o clima é mais seco e há menos probabilidade de chuva. Mas, é bom lembrar que por ser alta temporada, é a época mais cheia e com preços mais elevados.

Esses também são os meses de inverno, o que não significa que seja frio. As temperaturas costumam ser muito amenas e as médias podem variar entre 19º e 28ºC, sendo que as temperaturas mais baixas ocorrem no meio da noite.

Entre agosto e novembro é a época de chuva e furacões, então não é recomendável viajar ao país durante esses meses. E por fim, abril e março são os meses de spring break nos Estados Unidos, o que faz com que o destino receba muitos estudantes. O que não necessariamente faz com que sejam meses ruins, contanto que você esteja interessado em festas.

Moeda e Idioma em Punta Cana

A moeda oficial da República Dominicana é o peso dominicano, mas o dólar é amplamente aceito em praticamente todos os lugares turísticos. O idioma oficial da República Dominicana é o espanhol.

DOCUMENTAÇÃO DE ENTRADA NO PAÍS

Passaporte e Visto

Para brasileiros que querem ficar no país não é necessário emitir visto de turista. Um passaporte válido é o suficiente para a viagem.

Certificado de vacina de febre amarela

É obrigatório apresentar o Certificado Internacional de Febre Amarela.

E-ticket

É obrigatório preencher o formulário eletrônico de entrada e saída, o E-ticket. O formulário pode ser encontrado neste site e nele são pedidas informações pessoas, dados do voo, tempo de estadia e hotel.

Após preencher o formulário, vai ser gerado um E-ticket com um QR Code e outras informações. Recomendo que você selecione a opção de enviar para o seu email e tire um print da tela com o QR Code para ter facilmente em mãos quando necessário. Tivemos que apresentar o QR Code na hora do check in, em São Paulo.

SOBRE OS RESORTS

Sobre os Resorts de Punta Cana

Um item muito importante que precisa estar claro para quem viaja para Punta Cana. O turismo no país é principalmente baseado em resorts all-inclusive. Os passeios são organizados

Algumas opções de resorts all inclusive muito bem cotados em Punta Cana São: o Punta Cana Hard Rock, que é uma opção adequada para famílias; o Riu Republica, que é exclusivo para adultos; o Grand Palladium Punta Cana Resort & Spa, que fica dentro do complexo Grand Palladium; e o TRS Turquesa Hotel, que foi onde fiquei e vou falar mais sobre ele a seguir.

Minhas experiência no TRS Turquesa Hotel

Durante a minha estadia em Punta Cana fiquei hospedada com a família do meu marido, no TRS Turquesa Hotel que é um dos resorts pertencentes ao complexo do Grand Palladium. O resort é all inclusiveadults only.

O hotel

Começando pelo quarto onde ficamos, que é no prédio principal, muito amplo e confortável. A sacada tinha uma linda vista para a piscina e para a praia. O hotel oferece o serviço de turndown, para quem não está familiarizado com o termo, é a arrumação nortuna que inclui abertura de cama e fechamento de cortinas. Ou basicamente deixar o quarto aconchegante para quando os hóspedes chegarem para dormir.

Como o complexo do hotel é muito grande e há serviços espalhados por toda parte, há muitas ruas, caminhos cobertos para caminhar. Mas, para quem quiser um pouco mais de conforto há carrinhos e trens circulando o tempo todo. Além disso, há muitas placas indicativas para as pessoas não se perderem – e acredite, é fácil se perder por lá!

O resort também conta com uma grade de atividades diária e semanal. Durante a minha estadia tive a oportunidade de fazer uma aula de yoga na praia. Foi uma experiência incrível! Outro serviço interessante que encontrei por lá foi o de aluguel de livros para leitura na piscina e na praia.

Embora não tenha fotos, o resort também conta com academia, quadras de tênis, futebol, golf e outros esportes. Para quem gosta, assim como eu, de correr e fazer caminhada, o resort é ótimo para se perder em suas ruas e ter a possibilidade de fazer longos trajetos.

Os restaurantes do hotel

A gastronomia no TRS é um assunto sério. Não faltam opções de restaurantes espalhados por todo complexo, mas já vou começar essa parte com uma dica: faça reserva nos restaurantes temáticos assim que você chegar.

Há muitas opções de restaurantes para todos os todos. Mas os restaurantes temáticos, como japonês, peruano, indiano e francês, são os mais concorridos e sem reserva não é possível entrar em nenhum deles. Agora vou falar sobre dos restaurantes que provamos durante a viagem

Restaurante Capricho

O Restaurante Capricho divide a mesma passarela de acesso e hall de entrada do restaurante francês La Bohème (sobre o qual falaremos mais adiante). O Capricho serve um excelente café da manhã e um jantar regado à frutos do mar e outras carnes nobres. Embora houvesse restaurante para café da manhã mais próximo do quarto, descobrimos que no Restaurante Capricho era melhor e fomos nele todos os dias.

Em um desses dias resolvi provar o café da manhã tradicional da República Dominicana, chamado de Mangú, los tres golpes. Esse café da manhã nada leve é composto por ovo frito, purê na banana verde, queijo frito, salame frito, cebolas em molho vinagre e pimentões picados. Bem pesadinho, não? Mas de qualquer forma, achei gostoso e interessante para saber como é um pouco da gastronomia tradicional.

Mas além disso, o café da manhã é muito farto, com opções de frutas, pães, frios, doces, omelete e outras opções de ovos feitos na hora, barraquinha de crepe, um setor de café da manhã espanhol. Ou seja, tem muita opção.

E para o jantar, as opções de pratos são excelentes e o restaurante costuma estar vazio. Acredito que porque os restaurantes temáticos são mais procurados, mas vale muito a pena jantar no Capricho pelo menos uma noite.

Restaurante Kusko

O restaurante temático que eu mais gostei dos que provei no hotel foi o Kusko, que nos foi inicialmente informado que seria um restaurante peruano. Chegando nele e lendo o cardápio, descobri que é um restaurante de gastronomia peruana-japonesa, chamado Nikkei Cuisine.

Eu não conhecia este conceito, mas havia uma breve descrição no cardápio dizendo que “quando duas culturas ancestrais se misturam, um novo caminho é aberto. O Nikkei Cuisine é o resultado da mistura de gastronomia japonesa (trazida ao Peru pelos imigrantes japoneses) com a gastronomia local peruana. O restaurante tem uma arquitetura muito bonita e ambiente aconchegante.

Durante o jantar provei o ceviche de frutos do mar, Ebi maki e um prato de salmão com arroz e legumes. De sobremesa, um delicioso doce composto por merengue italiano com doce de leite. Foi, de longe, a melhor refeição da viagem!

Restaurante Sumptuori

O restaurante japonês é o mais concorrido. As reservas são feitas em hora cheia porque cada grupo entra junto e a comida é preparada na sua frente, no conceito de show cooking, e servida ao mesmo tempo para todos. Como você pode ver nas fotos abaixo, o chef fica no centro preparando e nós ficamos sentados em volta, na bancada.

Por isso é imprescindível chegar com 15 minutos de antecedência para não perder o horário. Digo isso porque passamos por uma situação assim. Chegamos atrasados e perdemos a reserva, mas felizmente conseguimos ser encaixados em outro dia.

No jantar foi servido uma entrada do cardápio e depois o chef fez fried rice, carne, frango, camarão e salmão grelhados. Estava tudo muito bom, mas para mim o grande destaque foi a sobremesa, que também podia ser escolhida no cardápio. Optei pelo bolo de chá verde com mousse de chocolate branco, que estava surreal de delicioso.

Outros restaurantes e bares

Além dos restaurantes destacados anteriormente, ainda tivemos uma ótima experiência no La Bohème, o restaurante francês. O restaurante Helios fica ao lado da piscina e serve todas as refeições sem necessidade de fazer reserva. Durante a viagem, almoçamos e jantamos nele. Esse restaurante fica de frente para o mar, com uma área interna e externa e costuma ser muito movimentado na hora do almoço.

O restaurante japonês e peruano ficam no mesmo prédio e são separados por um bar que fica entre eles. Esse bar tem opções deliciosas de bebidas e é um ambiente muito agradável. Se você gosta de tomar drinks diferentes, recomendo chegar um pouco antes da sua reserva para aproveitar o ambiente.

Praia Bávaro

O resort fica a beira mar na Praia Bávaro e possui espreguiçadeiras espalhadas pela areia, embaixo de guarda sol numerados e feitos de folha de coqueiros. As espreguiçadeiras e as toalhas disponibilizadas pelo hotel possuem “cor de areia” e assim integram o ambiente sem causar muita polução visual.

Os guarda sol também dividem espaço com lixeiras, com a mesma “cor de areia” e muitos coqueiros. O mar não é muito tranquilo e em alguns dias tinha uma grande quantidade de alga espalhada pela areia. Mas vale a pena ficar por lá curtindo o visual. Vale a pena chegar cedo para pegar um bom lugar em frente ao mar.

PASSEIO IMPERDÍVEL: BLUE LAGOON, PISCINAS NATURAIS E ISLA SAONA

Um dos dias da nossa viagem foi dedicado à um tour de 12 horas, que incluía: Blue Lagoon, Piscinas Naturais e a famosa Isla Saona. E estou incluindo essa informação aqui para dizer o quanto esse passeio é imperdível e vale a pena ser feito! Essa região é onde fica o verdadeiro Mar do Caribe

Início do tour

O passeio começou às 07h35 quando um ônibus passou no hotel para nos buscar. Seguimos durante aproximadamente 20 minutos até uma loja de souvenir ainda em Punta Cana. Ficamos por lá durante uns 30 minutos e trocamos de ônibus antes de seguir o passeio.

A viagem até Bayahibe, onde fica a Marina, durou 1h20 e ao longo do trajeto o guia foi contando um pouco da história do país e sobre como seria nosso dia de passeio. O guia nos contou que o nome Bayahibe vem da flor chamada Rosa da Bayahibe, que é a flor nacional da República Dominicana. Ele também falou muito sobre a importância das gorjetas, salários e custo de vida na República Dominicana.

Antes de entrar no barco, recebemos uma pulseira que indicava o ingresso do Parque Nacional Cotubanamá, uma área protegida que abrange o extremo sudeste do país e as ilhas Saona e Catalinita. Esse Parque Nacional é o mais visitado da República Dominicana e como ele já era habitado quando foi declarado, há pessoas que ainda moram dentro dele.

Com a pulseira no pulso, seguimos até o catamarã que velejou durante 1h, com muita música e funcionários animados dançando, até chegar na Blue Lagoon.

Primeira parada: Blue Lagoon

Chegamos na Blue Lagoon por volta das 11h20 e às 12h foi servido o almoço. Infelizmente não fotografei, mas havia saladas, paella, peixes e outros frutos do mar. E depois do almoço ficamos até por das 14h curtindo a praia, o mar e fotografando.

A Blue Lagoon é conhecida por ter sido cenário de gravação do clássico da sessão da tarde “A Lagoa Azul” e “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”. E realmente, essa praia parece estar dentro de um filme. A cor do mar azul clarinho e turquesa, os coqueiros e a areia branquinha formam uma paisagem que parece uma pintura de tão perfeito.

Acredito que também vale informar que a ilha possui uma estrutura simples, mas há o espaço coberto onde é servido o almoço, com mesas e cadeiras, banheiros e espreguiçadeiras na areia.

Segunda parada: Piscinas Naturais

A parada seguinte era próxima, apenas 15 minutos de lancha a motor (já não navegamos mais com o catamarã) e chegamos em uma área de piscinas naturais. Essa parada durou uns 30/40 minutos e tivemos a oportunidade de descer do barco e ficar na água, que mais parecia uma piscina. Foi servido uma piña colada por casal neste momento do passeio.

Terceira Parada: Isla Saona

Por fim, seguimos até a Isla Saona, mais especificamente na Playa Tao, onde ficamos durante 1h. Embora houvesse um pouco mais estrutura do que a praia anterior, com bar, ducha e muitas mesas na areia, a estrutura ainda sim é simples.

A Isla Saona é linda, cheia de coqueiros na areia, que parecem formar uma floresta. O visual é lindo, mas entrar no mar é um pouco complicado. Para acessar o mar é necessário desder um pequeno barranco e a areia é repleta de corais que machucam o pé. Tentamos entrar no mar, mas os corais estavam machucando muito e acabamos desistindo.

O caminho de volta até Bayahibe durou aproximadamente 1h e nesse momento já estava mais frio e ventando bastante. Uma sugestão para quem vai fazer esse passeio é levar uma troca de roupa seca, antes de sair da ilha, trocar de roupa.

MINHAS IMPRESSÕES DE PUNTA CANA

Muita música

Na minha rápida estadia, de 7 dias, no país, notei que o povo é muito alegre e musical. Em todos os transportes e passeios que fizemos havia sempre uma música tocando (principalmente reggaeton) e a música, na maioria das vezes, bem alta!

Cultura das Gorjetas

Há muitos turistas norte americanos no país (de Miami são apenas 02h20 e de Nova York apenas 03h40) e a cultura das gorjetas é muito presente. Embora não seja obrigatório é amplamente difundida e incentivada em todos os serviços, chegando até a um ponto de ser um pouco incisivo demais.

Ah, e vale lembrar que em espanhol, gorjeta é propina. Então caso você não esteja familiarizado com o espanhol, não se assuste com essa palavra 🙂

Punta Cana ou Cancun?

Resolvi trazer aqui porque essa é uma dúvida que aparece bastante. Como ainda não estive em Cancun, vou deixar aqui algumas informações baseadas em experiências de outras pessoas e informações sobre o destino. Punta Cana costuma ser um destino mais tranquilo, com muitas famílias e casais viajando.

Ao contrário disso, Cancun é um destino mais agitado, com muitos amigos viajando juntos, festas, despedidas de solteiro. Então não tem um melhor que o outro, e sim o que faz mais sentido para o tipo de viagem que você quer fazer.

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